Você já ouviu falar sobre adenomiose?

Ela é uma doença benigna COMUM DO ÚTERO, causada pela presença de glândulas endometriais que invadem, implantam e proliferam no miométrio, que é o músculo liso do útero.

É um subtipo da endometriose, que é quando as células que recobrem INTERNAMENTE o útero são encontradas em outras cavidades. 

A adenomiose atinge cerca de 15% das mulheres e pode levar à infertilidade. 

Quer saber mais sobre o assunto? É só continuar lendo o artigo que preparamos para você! 

O que é a adenomiose? 

Para você conseguir entender melhor a doença, vamos te mostrar como o útero é formado:

·         Camada interna que é o endométrio, composta por glândulas;

·         Camada intermediária que é o miométrio, composta por músculos;

·         Camada externa que é a serosa, que separa o útero de outros órgãos.

Podemos afirmar que na adenomiose, a camada interna (endométrio) INVADE a  camada intermediária ( miométrio) e ficam “misturadas”.

Ainda não existe uma explicação exata do porquê que isso acontece.

Avanços recentes NO ESTUDO da anatomia  DETALHADA do útero e biologia do endométrio (que é a camada interna do útero) oferecem uma oportunidade sem precedentes para estudar este distúrbio comum, mas relativamente pouco estudado.

 A doença pode ser focal, quando acontece somente em uma parte do útero, ou difusa, quando acontece em todo o órgão.

Normalmente, a adenomiose acomete mulheres com mais de 35 anos e que já engravidaram, mas também podem acometer MULHERES mais jovens e que não tenham tido filhos. A CHANCE DE DESENVOLVER A DOENÇA É MAIOR NA MULHERES QUE JÁ SE SUBMETERAM A  ALGUM tipo de cirurgia uterina.

Quais são os sintomas?

A apresentação clínica da doença é variável assim como seu impacto sobre a vida da mulher.

Muitas mulheres PODEM NEM apresentam sintomas, PORÉM,  os mais comuns são:

  • Aumento do fluxo menstrual (50% ),
  • Cólica menstrual intensa (30%)
  • AUMENTO DO VOLUME UTERINO ( 60%)

A freqüência e gravidade do quadro clínico estão relacionadas com a sua extensão.

Qual a relação da adenomiose com a fertilidade?

Evidências recentes relacionam adenomiose com infertilidade e piores resultados para gravidez, mesmo quando são utilizados tratamentos para reprodução.

A doença pode sim causar a infertilidade feminina, isso porque o embrião encontra dificuldades de se fixar na parede do útero, o que pode provocar falhas de implantação embrionária repetidas, e aborto espontâneo.

O útero com adenomiose, pode levar a expulsão do embrião da cavidade endometrial , devido ao  processo de cicatrização permanente que pode diminuir  a ação da progesterona, um hormônio essencial para manutenção da gestação.

 Existe também a suspeita de que ocorra uma intensa ação do sistema imunológico, gerando a produção de processo inflamatório que prejudicam a qualidade dos óvulos.

Como é feito o diagnóstico de adenomiose?

No exame ginecológico pode ser identificado o útero aumentado de volume, amolecido e doloroso, principalmente no pré-menstrual, neste caso, deve-se sempre afastar a hipótese de gravidez antes de considerar a possibilidade de adenomiose.

O diagnóstico clínico é apenas de presunção, por isto, é necessário a confirmação do diagnóstico com exames complementares.

A Ressonância nuclear Magnética  é o método diagnóstico de elevada acurácia, e atualmente a melhor referência para o diagnóstico de adenomiose.

Outro exame que pode ajudar no diagnóstico é a histeroscopia com biópsia de áreas suspeitas para estudo histológico.

Existe tratamento para adenomiose?

Existe sim tratamento, mas ele vai depender da cada mulher:

Para as mulheres que QUEREM engravidar é necessário acompanhamento de um médico especialista que vai avaliar o TRATAMENTO MAIS INDICADO:

São muitos protocolos de tratamento, e incluem a  adenomectomia (a cirurgia para retirar o excesso de tecido endometrial), a ultrassonografia focada de alta intensidade, a ablação por radiofrequência, a  embolização da artéria uterina, entre outros.

O TRATAMENTO PODE SER FEITO COM medicamentos que impedem o crescimento de tecido dentro do miométrio.  

As opções são a   progesterona, o HORMÔNIO  AGONISTA DO GNRH (GnRHa), ou,  o  Sistema intra uterino liberador de levonorgestrel (LNG-SIU).

Oferecem alívio dos sintomas e são eficazes,

O último é minimamente invasivo, sendo uma opção prática para mulheres com adenomiose que pretendem preservar a fertilidade.

Para as mulheres  que são mães, tem uma doença severa e não querem mais engravidar , é possível fazer a cirurgia de retirada do útero, a histerectomia.

A adenomiose é uma doença difícil de ser diagnosticada. Por isso, é importante fazer acompanhamento regular com o seu médico, entendendo o que é melhor para o seu caso.

Esperamos que você tenha gostado do conteúdo. E para ter acesso a mais textos como esse é só acompanhar o nosso blog.

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