A fertilização in vitro (FIV), é uma técnica de reprodução humana em que a fertilização do óvulo pelo espermatozoide acontece em laboratório, in vitro. Os gametas são colocados em um ambiente especialmente preparado e mantido em condições ideais de temperatura, que simulam as trompas ovarianas. Após a divisão celular, o embrião é transferido para o útero da mãe. A FIV é o procedimento mais avançado disponível na medicina reprodutiva e apresenta os melhores índices de sucesso.
Etapas da FIV
Antes da fecundação, a FIV conta com algumas etapas preliminares. A primeira delas é a indução da ovulação, que consiste no uso de medicamentos para estimular a produção ovariana. Esse momento é importante para que os óvulos utilizados estejam maduros e com alto potencial de fecundação. Durante o processo, a mulher realiza diversas ultrassonografias e exames laboratoriais para acompanhamento.
Quando os folículos ovarianos se desenvolvem, é feita a retirada. Os espermatozoides também são coletados e analisados em laboratório, a fim de eliminar aqueles que apresentem algum tipo de alteração. Com os gametas preparados, a fertilização é realizada utilizando a injeção intracitoplasmática de espermatozoides. Após 15 dias, caso não ocorra menstruação, um teste de gravidez pode ser realizado.
Quando optar por esse tratamento?
A FIV é indicada para casais que apresentam problemas mais graves, como obstrução das tubas uterinas (que impede a passagem dos espermatozoides), alterações no sêmen (quantidade de espermatozoides muita baixa e insuficiente) e endometriose profunda. Além disso, a fertilização in vitro também é uma opção para os casais homoafetivos, tanto do sexo masculino, como do feminino.
Quantos óvulos serão fecundados?
Essa é uma dúvida muito comum. Sabemos que o tratamento de fertilização gera gastos e cansaço físico e mental, por isso, para otimizar o processo e aumentar as taxas de sucesso, mais de um óvulo é fertilizado.
No entanto, algumas regras precisam ser observadas. O Conselho Federal de Medicina (CFM) determina que o número máximo de embriões a serem transferidos para o útero depende da idade da paciente: até os 35 anos, máximo de dois embriões, entre 36 e 39 anos, três embriões e, a partir dos 40 anos, máximo de quatro embriões.
Atualmente, a infertilidade não significa, necessariamente, o fim do sonho de ter filhos. Existem diversos tratamentos modernos e seguros que representam novas possibilidades para conseguir gerar uma nova vida.