Estudos da Organização Mundial da Saúde mostram que mais de 20% dos casais brasileiros precisam de algum tipo de tratamento médico para conseguir ter filhos. Muitos deles apresentam problemas que inviabilizam o uso dos próprios gametas e, por isso, precisam recorrer ao banco de óvulos e sêmen.

Muitos casais, ao realizar tratamento para engravidar nas clínicas de reprodução assistida, congelam o material genético e, após o sucesso da jornada, doam os gametas que não foram utilizados para outros pacientes. Existem ainda pessoas que procuram as clínicas especialmente para doar e, assim, ajudar outros casais a realizarem o sonho de ter filhos.

Anonimato

Independentemente da situação, ou se a doação será de óvulo ou sêmen, o Conselho Federal de Medicina (CFM) determina que os doadores de gametas tenham a sua identidade preservada. É proibido que os casais receptores conheçam os doadores e vice-versa. Com essa medida, se espera evitar casos de contestação de maternidade ou paternidade. Os futuros papais terão acesso apenas a informações como biotipo, altura e peso dos doadores. Além disso, é proibido que seja feita exploração comercial, ou seja, todo o processo deve ser voluntário.

Doação de óvulos

A doação de óvulos é um processo bastante consolidado, que possibilita gravidez às pacientes que não possuem mais óvulos viáveis para fecundação, seja pelo esgotamento da reserva ovariana ou por problemas identificados ao longo da vida. Os óvulos doados são congelados (vitrificação) e podem ser utilizados normalmente depois. Quem pode doar óvulos? Qualquer mulher saudável, de até 35 anos.

Doação de sêmen

Assim como os óvulos, o sêmen também pode ser congelado para uso posterior. Desta forma, homens com diagnóstico de azoospermia (que não produzem espermatozoides), ou que apresentem alterações graves no sêmen podem recorrer ao banco de gametas. Quem pode doar? Homens saudáveis, com idade entre 18 e 44 anos.